sexta-feira, maio 20, 2005

 

Essência

Aula de Deontologia especial, prof. Barreiros Duarte a liderar o discurso. "Péssima experiência", diz ele que teve, após a premonição de Victor Consiglieri cinicamente concretizada pela realidade deglutinadora: "Epa, agora que estás a subir na carreira não tens hipótese nenhuma, vais começar a ficar em terceiro lugar..." Concurso atrás de concurso, os meandros do "star system" parecem ser esmagadores, com vitórias ridículas atrás de vitórias ridículas pela parte de quem conseguiu um impacte de marketing no mercado que os outros não tiveram. Diz escrever tudo o que soube durante os trinta anos de carreira que já soma e publicá-lo dentro de pouco tempo, e isso promete!

A par disto, há definições de Arquitectura a dar com pau. A problemática do Pós-Modernismo, Maniqueísmo e Maquiavelismo, Mediatismo! Crise de valores (não existem) = mudança de paradigma. Arquitectura vem descrita em Gaston Bachelard, Heidegger, mas também e porque não Le Corbusier e outros assim? O eterno presente fixado e projectado como um pacote (tiranizado), roupas e sapatos incluídos em Frank Lloyd Wright, mas liberto e democratizado, investigado nas suas possibilidades de mutação, adição e subtracção por Le Corbusier.

Sótão como o contentor das memórias dos antepassados!! (E agora? o que fazer dos telhados horizontais?!?) Gruta, Tenda e Cabana como a base ancestral da arquitectura. Há quem diga que a arquitectura começa no seu entorno, e há quem diga que apenas seja necessário um Dólmen. Teoria da Arquitectura como indispensável para o Arquitecto ao qual cabe saber ONDE colocar cada peça e PORQUE o faz. Saber e poder de mãos dadas.
etc.


É apenas uma lavagem cerebral que tinha de o fazer, e lembrei-me de a fazer aqui. Há que aprofundar uma teoria. Uma teoria que abrace o Eterno dentro da Mutação e a Mutação dentro do Eterno. Uma teoria que estabeleça os parâmetros que devem ser avaliados, uma teoria útil, ou seja, que consiga criar uma BOA arquitectura.

Talvez seja o tempo de parar realmente, parar de estabelecer novas fronteiras no desconhecido da arquitectura, de tornar arquitectura os não-lugares anteriores. Parar de inovar, e começar a compreender tudo aquilo que se passou até hoje. Catalogar não, obrigado, mas experimentar as arquitecturas concebidas e estudá-las segundo a fenomenologia espacial e existencial.

Não bastará já de tanta experiência? De tanta novidade? Ou será que já se tornou a arquitectura em algo inútil, como a moda?

Comments:
tás a copiar o meu estilo de crítica. malandro!

Tava confuso pq ainda n posso assentar as coisas. N tenho tempo para isso!
 
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